Qua
, 06/03/2013 às 13:52
| Atualizado em: 06/03/2013
às 14:00
Salvador recebe o monólogo Eros impuro em sessões gratuitas
Da Redação
Instigado pela obra, o jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio, que viu o quadro durante uma exposição, decidiu dar vida ao homem nu que não tinha face. O resultado foi o monólogo Eros impuro, que estreia em Salvador nesta quarta-feira, 13, e fica em cartaz na capital baiana até o dia 16 de março, sempre às 20h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho. A entrada é gratuita.
No centro do palco, o ator Jones de Abreu dá vida ao pintor Andrei, o Eros do título. O personagem é um homem obcecado pela necessidade de pintar uma imagem que o atormenta desde a infância. Eros foi abusado sexualmente na infância e tenta se libertar dessa mácula pela força libertadora da criação. É neste momento que a obra do ator, que deu origem à peça, entra em cena. Embora o personagem não consiga terminar o quadro, oscilando entre estados de lucidez e loucura .
Sua obra é taxada de pornográfica, imoral e suja. Julgado e marginalizado por uma sociedade conservadora que tem dificuldade de lidar com o erótico, ele segue sem acesso a galeria. Segundo o roteiro, seus lapsos de insanidade são o reflexo de uma sexualidade mal resolvida e oprimida pela sociedade.
"É um desafio narrar, com delicadeza e contundência, uma história ao mesmo tempo urgente e difícil para a sociedade como esta. Cada sessão tem sido um aprendizado", revela Jones.
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