Peça mostra a relação entre arte e os bloqueios pessoais


A impossibilidade de pintar o torso nu de um homem, imagem que existe em sua cabeça desde a infância, vai levando-o à loucura, a mergulhar na loucura de seus próprios desejos inconfessos. O público vai junto, acompanhando segredos da infância do personagem, como um caso de abuso sexual cometido pelo pai do melhor amigo.
O conflito interno posto no palco transborda a agonia. “A obsessão é minha matéria-prima”, diz-nos o pintor. E tornamo-nos todos obsessivos também por descobrir que agonia é aquela que tanto transtorna o personagem. Agoniados também ficamos nós ante as possibilidades, marcados pela plasticidade imagética acompanhada de poesia que cabe ao mundo dos sentidos.
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