O Festival de Teatro da Cidade de Vitória, em sua sétima edição, já se consolida no calendário dos mais importantes encontros de artes cênicas do país, sobretudo, pelo seu caráter de formador de plateia. Totalmente gratuita, a mostra oferece a cada cidadão capixaba o direito a ter um ingresso. É emocionante ver o espectador chegar, um a um, às 13h do dia da apresentação, para pegar o seu passaporte e adentrar ao teatro. No caso de Eros Impuro, foram duas sessões no aconchegante Teatro do Sesi e, para nossa felicidade, houve um burburinho entre uma sessão e outra (19h e 21h), com gente querendo fazer uma dobradinha.
O Festival de Teatro da Cidade de Vitória tem um olhar muito especial sobre a produção brasileira. Quer privilegiar um teatro de pesquisa, um teatro que se debruça a dialogar com o homem do século 21. Estavam lá grupos que tinham trabalhos inquietantes como a Cia. do Latão (SP), O Grupo Galpão (MG), a peça Depois do Filme, do mestre Aderbal Freire-Filho (RJ), exemplos de exercícios de um teatro de linguagem diversificada, representando diversas regiões do Brasil. Essa inclusão de Norte a Sul é mérito de uma curadoria, capitaneada pela dama do teatro capixaba e subsecretária de Cultura, Beth Caser, que mostra ao espectador e ao artista capixaba um pouco do que se faz em cada ponto deste país continental.
Eros Impuro foi representando Brasília, com o aval do Espaço Mosaico, e foi emocionante e gratificante o retorno do público que ficou, em sua maioria, para participar do debate com os artistas ao fim da sessão. Não vamos esquecer o carinho de Vitória nunca. Da produção das meninas da Ratibum e do cuidado de todos que fazem a gente, artista, se sentir em casa, uma casa gostosa e carinhosa, como é a cidade de Vitória.
O Troféu Carlos Gomes é o nosso orgulho!
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