Languages

domingo, 25 de março de 2012

Eros Impuro rumo à Goiânia


Montagem encerra o Festival de Teatro de Goiás

(FETEG)

Um homem engolfado por uma obsessão. Um pintor que não consegue vomitar uma imagem que o atormenta desde menino. Um artista acossado pela sociedade de dedos em riste. Andrei é o desafio que o ator Jones de Abreu encara ao completar 25 anos dedicados ao teatro no monólogo Eros Impuro, que se apresenta no dia 1 de abril, às 20h, no Teatro Sesi de Goiânia, dentro do Festival de Teatro de Goiás (Feteg). Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 18 anos. O personagem nasceu de um esboço de trabalho para pintura em acrílica de autoria do artista plástico de formação e ator de ofício. “A ideia surgiu quando o dramaturgo Sérgio Maggio ficou diante dessa obra inacabada. Ele ficou impressionado com a imagem e passou a divagar sobre esse homem”, lembra Jones de Abreu.

Quatro anos depois, a inquietação se ergue no palco em forma de espetáculo da Cia. Criaturas Alaranjadas, que teve temporada em Brasília de 28 de abril a 22 de maio de 2011 e participou do Festival Nacional de Vitória, com sessão dupla, em outubro de 2011. É a primeira vez que o ator, que participou de montagens marcantes do teatro brasileiro (a exemplo de Arlequim, Os demônios, Decamerão), fica sozinho no palco. “O monólogo é o meu presente-desafio neste um quarto de século. Resolvi quebrar fronteiras numa experiência que me permite acessar a pintura”, conta Jones de Abreu.

Com direção e texto de Sérgio Maggio (autor de Cabaré das Donzelas Inocentes, que já esteve em Goiânia, no Teatro Sesi), Eros Impuro transita pelos limites entre arte e pornografia. Em cena, J. Abreu pisa no palco cercado por equipe de artistas cênicos de primeira. A cenografia é de Carlos Chapéu (artista renomado na cena carioca que se apresenta ao mercado brasiliense); a luz, de Vinicius Ferreira (ator que se desponta como jovem criador cênico); o figurino, de Maria Carmen (uma das mais requisitadas nessa categoria); visagismo, de João Angelini (artista-revelação em arte e tecnologia); animação de Thiago Moysés (cineasta que teve longa na lista dos filmes indicados a representar o Brasil no Oscar); e trilha sonora do DJ Biondo (criador da festa Kinda). “Esse projeto, cuja direção proporcionou a criação compartilhada, permitiu que os artistas ajudassem a emoldurar essa narrativa no meu corpo de ator. Todos somos coautores”, observa Jones de Abreu.

EROS IMPURO

DIA 1 DE ABRIL, ÀS 20H, NO TEATRO SESI. R$ 20 E R$ 10 (MEIA). NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário