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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sala de Ensaio x Trabalho de mesa

A proposta de gerir o processo alternando simultaneamente trabalho de mesa e sala de ensaio gerou um conflito entre direção e intérpretação. O ator sentiu dificuldades de gerar partituras sem um entendimento mais aprofundado da dramaturgia. Começou a fazer um trabalho até interessante nes momento incipiente, mas travou por não ter domínio sobre a dramaturgia e o entendimento do personagem. O impasse que surgiu inicialmente nasce da vontade da direção de ter em paralelo ao trabalho de mesa um acervo de partituras corporais para aquecer o ensaio. O argumento vem, sobretudo, porque direção e dramaturgia estão sob o domínio de um só proflssional.
Como friccionar o texto com a direção, se passarmos muito tempo ainda debruçados sobre o necessário trabalho de mesa? A direção se sente em desvantagem por conta de assumir esse duplo papel já que corre o risco de "comprar o texto" sem questioná-lo e buscá-lo um ponto de vista até crítico sobre a dramaturgia. Por isso, a urgência de ter esses exercícios nascidos em paralelo com a leitura de mesa.
A dificuldade do ator realizar esse processo, no entanto, é entendida e validada. Ao mesmo tempo que esse impasse, mostra como a direção está de prontidão para testar e aferir esse texto na cena, sem querer levantá-lo como um tótem. Chegamos então ao consenso de partir para o trabalho de mesa mesclando com o trabalho de sala numa proporção maior. Uma semana de frente para o trabalho de mesa. Na próxima, começaremos a mesclar os exercícios com bastão e objetos de cena dados no improviso.

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