Languages

domingo, 24 de abril de 2011

A chegada do cenário

Desde o início, pensávamos em fazer Eros Impuro em Arena, para aproximar a personagem da plateia, exacerbando o olhar, a intimidade, o pequeno gesto descontrolado da mão, para que o mínimo ganhasse o foco. Depois, migramos para o elizabetano, abrindo então a saída frontal para o ator ocupar um território para além do espaço cênico delimitado. Havia a possibilidade de manter o mergulho da imersão das imagens que a montagem trazia em si. As projeções passeariam por parte da plateia e pelo próprio corpo do intérprete, assumindo as perdas de recepção que essa disposição proponhe no Teatro Goldoni
No entanto, havia duas cenas que necessitavam ser vistas por todos na mesma pespectiva. Assim, o palco italiano passou a rondar a montagem com naturalidade. Essa decisão, que já estava sendo amadurecida por mim e pelo ator, ganhou força com a chegada da maquete do cenário de Carlos Chapéu, que propõs toda uma visão frontal da plateia. O que alimentou a ideia da sugestão, já implicitadana dramaturgia, da plateia como voyeur dessa história ínima e particular de Andrei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário